Braga: Símbolos da JMJ 2023 recebidos em festa nas Universidades locais
D. José Cordeiro fala em entusiasmo «contagiante», que «ultrapassou expectativas».
As universidades de Braga receberam hoje os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que percorrem o território da arquidiocese minhota, promovendo o encontro deste ano, em Lisboa.
“De surpresa em surpresa, esta peregrinação da cruz e do ícone mariano tem sido contagiante”, disse à Agência ECCLESIA D. José Cordeiro, arcebispo primaz.
O responsável católico destacou o impacto desta peregrinação no “meio académico”, partilhando a “alegria da verdade”.
“O amor é contagiante, o amor com a forma de cruz vai ao encontro de todas as realidades. Nas universidades estão homens e mulheres, sobretudo jovens, à procura do sentido da vida, do mistério da sua própria existência, à procura da verdade”, acrescentou.
O arcebispo de Braga sublinha que “o Evangelho é para todos”, cruzando todas as realidades, da festa ao sofrimento humano.
“A identidade da Igreja, a sua cidadania, é no meio das pessoas” insistiu.
Na reta final da peregrinação dos símbolos da JMJ pelo território arquidiocesano, D. José Cordeiro destaca o “entusiasmo” das comunidades e instituições visitadas, que “ultrapassou as expectativas”.
O Centro Regional da Universidade Católica Portuguesa (UCP), Universidade do Minho e o campus de Barcelos do IPCA – Instituto Politécnico do Cávado e Ave foram paragens desta segunda-feira.
“Este é um dia importante para as Academias, de forma a suscitar alguma curiosidade nos universitários” sobre a JMJ, disse aos jornalistas o padre Eduardo Duque, diretor do Centro Pastoral Universitário da Arquidiocese de Braga.
“Corremos o sério risco de ver um conjunto de notícias, todos os dias, nos telejornais, sobre a JMJ, que são tudo menos aquilo que interessa, de facto”, acrescentou.
Para o sacerdote, a JMJ que Portugal recebe este ano, pela primeira vez, é “o rosto de uma Igreja viva, o rosto de uma Igreja que é Jesus Cristo”.
Os jovens, acrescentou, esperam “autenticidade, exemplaridade, competência, corresponsabilidade e solidez cultural”.
“A Igreja que os jovens querem é uma Igreja próxima deles”, sustentou o padre Eduardo Duque, para quem é fundamental oferecer uma “experiência autêntica” de Jesus.
“Se eles encontram mediocridade na Igreja, os jovens afastam-se”, advertiu.
A Pastoral Universitária da Arquidiocese de Braga qui proporcionar aos jovens universitários a oportunidade de “sentir o espírito de alegria e comunhão que será vivido, em agosto deste ano, na JMJ em Lisboa, motivando-os a querer viver esse acontecimento com entusiasmo”, indica uma nota enviada à Agência ECCLESIA.
João Duque, pró-reitor da UCP, considera que a universidade é um ambiente onde esta passagem faz “muito sentido”, sensibilizando os jovens para a JMJ 2023 e o papel da juventude “no futuro do planeta”.
“Sentimo-nos duplamente felizes por este acolhimento”, disse aos jornalistas.
O responsável saudou a “onda” que se criou na Arquidiocese, com a passagem dos símbolos, numa “fase difícil” na vida da Igreja Católica.
A presença de mais de 1 milhão de jovens, em Lisboa, é vista por João Duque como um sinal de “grande esperança”.
A Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora ‘Salus Populi Romani’ estão a peregrinar pelas dioceses portuguesas desde novembro de 2021, rumo à JMJ Lisboa 2023.
Depois da passagem pela UCP, os símbolos chegaram ao campus de Gualtar da Universidade do Minho.
Laura Cainé, estudante do sexto ano de Medicina, disse à Agência ECCLESIA que esta tem sido uma “longa caminhada”, organizada por um grupo com cerca de dez pessoas está a preparar algumas atividades, rumo à JMJ 2023.
“É um momento aberto a todos, o objetivo é simbolizar a união entre povos, sem descartar ninguém”, precisou.
O programa encerra-se no Centro Pastoral Universitário de Braga, com a Eucaristia, presidida pelo arcebispo primaz, D. José Cordeiro, animada pela ‘Tun´ao Minho’, com a presença de alunos, professores e colaboradores das diferentes academias de Braga.
A esta celebração segue-se um jantar convívio, animado pela atuação de diferentes tunas académicas.
A cruz e o ícone mariano, símbolos da Jornada Mundial da Juventude, chegaram este domingo à cidade de Braga, em um grande momento de festa, depois de percorrem os outros 13 arciprestados da arquidiocese, onde permanecem até sexta-feira, seguindo depois para Aveiro.
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