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Revista Cenáculo organiza XXXVI Edição das Jornadas Teológicas

Nos dias 31 de março e 1 de abril irá decorrer a XXXVI edição das Jornadas Teológicas, organizada pela Revista Cenáculo, no Espaço Vita, em Braga, com o objetivo de oferecer à comunidade académica e o público em geral uma reflexão sobre os desafios e as potencialidades do digital na linguagem teológica.

A Revista Cenáculo é uma publicação dos alunos da Faculdade de Teologia – Campus de Braga, com 79 anos de existência, um espaço de reflexão teológica e intelectual que, este ano, escolheu como mote deste evento a temática da “Ressurreição 2.0: As promessas do digital no desgaste da linguagem teológica”.

No primeiro dia será explorado “O sentido poético da Ressurreição: um caminho possível no desgaste hodierno da linguagem teológica?” por João Duque, José Rui Teixeira e Teresa Bartolomei, através da análise à evolução da linguagem teológica face aos desafios contemporâneos.

No segundo dia, Gemma Serrano apresentará "O digital, uma tecnologia espiritual? Considerações sobre a morte e a ressurreição", com vista a aprofundar a relação entre as novas tecnologias e os conceitos teológicos fundamentais.

Este evento contará, ainda, com a intervenção do diretor da Revista Cenáculo, Pedro Martins, e uma diversidade de momentos lúdicos.

 

A entrada é livre.

XXXVI Jornadas Teológicas

Categorias: Faculdade de Teologia

Qui, 13/03/2025

"Gostaria que houvesse uma continuidade muito forte com o perfil do Papa Francisco"

João Manuel Duque, professor catedrático da Faculdade de Teologia da Universidade Católica, é o convidado da entrevista Renascença/Ecclesia deste domingo. Antecipando o Conclave que começa na quarta-feira, diz não ter favoritos, mas não esconde preferência por um perfil de continuidade. E assume que há cardeais que não gostaria de ver escolhidos para suceder a Francisco.

 

João Manuel Duque, professor catedrático da Faculdade de Teologia da Universidade Católica, defende a eleição de um Papa na linha de continuidade de Francisco.

"Gostaria que houvesse uma continuidade muito forte com o perfil do Papa Francisco", diz o docente em entrevista à Renascença e à Agência Ecclesia.

Antecipando o Conclave, com início marcado para 7 de maio, João Manuel Duque admite a eleição de “alguém com impacto nas estruturas da Igreja, a eleição de um cardeal mais jovem”, mas alguém que se identifique com o Papa Francisco. Duque não avança com nenhum favorito, mas revela que “há alguns que não gostaria que fossem” eleitos.

Duque sugere a eleição de alguém com um forte carisma, porque "caso contrário o papel de liderança da Igreja Católica poderia desaparecer". No atual contexto internacional, marcado por guerras e tensões políticas, João Duque admite que o Conclave acabe por eleger alguém "mais ligado à diplomacia".

O professor da Católica está convencido de que o processo sinodal “é irreversível”, até porque não acredita que “a figura única do Papa possa neste momento interromper esse processo”.

"O Papa Francisco, como bom estratega encarregou-se de deixar estruturas suficientes e até indicações suficientes para que o processo siga por si, mesmo que o Papa possa não ser extraordinariamente simpatizante dele."

João Manuel Duque considera que a “questão do abuso de menores está mais do que assumida” e admite que ainda há caminho por fazer “ao nível da participação da mulher na Igreja”.

“Esse é um caminho que está a ser muito intenso neste momento e que, em certa medida, está a marcar o próprio processo sinodal”, embora ele "não se reduza a isso”.

“Será, certamente, um campo a desenvolver” porque "se o perfil do Papa for um perfil que não tenha esse assunto muito no coração, ele poderá, de facto, parar bastante”.

Em vésperas do início do Conclave que vai eleger um novo Papa, João Manuel Duque afirma, por outro lado, que os temas da agenda do Papa Francisco vão continuar a desafiar a Igreja, pois “são temas desafiantes para o conjunto da humanidade”.

A partir do dia 7 de maio, 53 cardeais europeus, 37 americanos, 16 são da América do Norte, 4 da América Central e 17 da América do Sul, mais 23 asiáticos, 18 africanos e 4 da Oceania, reúnem-se em conclave. Podemos dizer, professor João Duque, que estamos perante o mais imprevisível conclave da história, como já alguns prognosticaram?

Num certo sentido sim, tendo em conta, de facto, a variedade da proveniência dos cardeais. Acho que sim. Não sei se, do ponto de vista dos eventuais elegíveis, será assim tão imprevisível.

E prevê um Conclave mais longo por causa desse desconhecimento entre os cardeais?

Fracamente, não sei. Acho que há sempre surpresas, como é evidente, mas, dentro das previsões dos que possam ser elegíveis, eles são suficientemente conhecidos e são suficientemente conhecidos por todos. Portanto, não sei, nem sequer sei se a variedade de perspetivas neste Conclave é superior à variedade de perspetivas em Conclaves anteriores. Desconfio que até talvez não seja.

Teremos, por certo, mais países representados...

Isso sim.

E acredita que é importante a geografia de proveniência do próximo Papa? Poderemos ter o primeiro da Ásia ou o primeiro da África?

Poderia ser significativo. Eu penso que a abertura que se deu com o Papa Francisco, de não ser um Papa europeu, sobretudo um Papa do sistema, num certo sentido, que já antes tinha acontecido na rutura de um Papa italiano ou na transição de um Papa italiano, mais do sistema, com João Paulo II, é algo significativo. Não sei se neste momento é questão essencial. Francamente, parece-me que no rumo que a Igreja tomou nos últimos tempos e no papel do Papado, no papel da figura do Papa internacionalmente considerado, mesmo para além do âmbito da Igreja, não sei se essa questão é neste momento muito significativa. Pessoalmente, penso que não.

É importante garantir a relevância da Igreja Católica na atualidade. Desse ponto de vista, que perfil é necessário para os tempos de hoje?

Terá de ser um perfil, antes de mais, suficientemente carismático e isso, certamente, reduzirá bastante os candidatos porque, quer queiramos quer não, os últimos três Papas desempenharam uma função importante do ponto de vista social, do ponto de vista global, até do ponto de vista político internacional, muito para além da questão direta do governo da Igreja. Isso é indiscutível e, nesse sentido, diríamos que prevê-se e espera-se que seja um Papa com essa capacidade. Caso contrário, de facto, há um certo papel de liderança da Igreja Católica - do ponto de vista espiritual, do ponto de vista de orientação do conjunto da humanidade, independentemente da pertença à Igreja ou não pertença à Igreja, que é uma tarefa que tem sido bastante colada à figura do Papa - que poderia desaparecer.

A maioria dos cardeais foi já escolhida por Francisco. É possível prever-se uma decisão de continuidade?

Tendencialmente, acho que sim. Não quer dizer que se analisarmos caso a caso, tenham todos, em todos os aspetos, proximidade ao Papa Francisco. Acho que ele teve capacidade também de escolher alguma variedade. Agora, é certo que um certo perfil que tradicionalmente se considera como ultraconservador, de facto, não existiu nas escolhas de Francisco. O peso de uma perspetiva nesse sentido [ultraconservador] é diminuto no Conclave atual, penso que sim.

Até que ponto o contexto internacional - guerras, tensões políticas - pode condicionar o conclave? Por exemplo, numa entrevista recente à Renascença, um dos biógrafos de Francisco, Austin Ivereight, disse que na escolha do próximo Papa muitos cardeais vão estar preocupados com o colapso da ordem mundial...

Isso pode ser significativo e até atrever-me-ia a dizer que a presença do hemisfério norte pode voltar a ter mais relevância, uma vez que, de facto, a crise forte que estamos a atravessar do ponto de vista político está a afetar, sobretudo, um certo paradigma a que nos habituamos, no hemisfério norte, a ter como seguro. Nesse sentido, não sei se alguém mais ligado à diplomacia do contexto europeu, europeu-norte-americano, europeu mais estendido até a Ásia, mas a Ásia aqui mais do norte, eventualmente não venha a ter um papel importante nesta dinâmica, tanto quanto possa ter, do ponto de vista diplomático e orientador espiritual. Talvez, talvez neste momento isso seja mais significativo do que o problema do sul, diríamos, do hemisfério sul e das características do hemisfério sul.

Ao longo dos últimos dias, falou-se muito do legado de Francisco e dos desafios que se colocam à Igreja Católica. O Papa Francisco insistiu na defesa de uma Igreja para todos, mas deixou temas em aberto, vários temas em aberto, desde logo, o processo sinodal é ainda um caminho a percorrer. Receia que possa, eventualmente, ser interrompido, ou é um processo irreversível?

Eu, francamente, acredito, estou convencido de que é um processo irreversível. Posso ser demasiado otimista quanto a isso, otimista no sentido em que me identifico, evidentemente, com esse caminho. Também não acredito que a figura única de um Papa possa interromper esse processo. Pode introduzir um certo ritmo que afrouxe o processo sinodal, mas o processo sinodal está introduzido já em estruturas suficientes. Aliás, o Papa Francisco, como bom estratega, encarregou-se de deixar estruturas suficientes e até indicações suficientes para que o processo siga por si, mesmo que o Papa possa não ser extraordinariamente simpatizante dele. Nesse sentido, acredito que, aliás, é o que deverá acontecer relativamente ao futuro: há um perfil diferente de igreja, independentemente das tendências do Papa que aí estiveram. Os efeitos do Conselho Vaticano II são efeitos que resistiram à variedade dos Papas que vieram posteriormente.

O conclave é um método clerical contrário à metodologia sinodal?

Relativamente. A eleição do Papa não é por herança, muito menos por herança familiar, portanto, não é uma monarquia hereditária de modo nenhum. Nesse sentido, é uma escolha democrática.

As escolhas democráticas precisam sempre de mecanismos de representação, é impossível ter toda a população envolvida diretamente. E há mecanismos de representação, a representação através do corpo cardinalício, que integra representantes da Igreja Católica de todo o mundo. Nesse sentido, em rigor, é um processo sinodal que já vinha anteriormente, diferente, por exemplo, da escolha dos bispos, que aí, sim, temos de admitir, o processo sinodal é bastante reduzido.

Mas, por exemplo, nas congregações gerais que decorrem até ao Conclave não poderia ser expectável que o processo sinodal motivasse a presença de outros elementos que não só os cardeais?

Isso é um processo que, certamente poderá vir a ter efeitos no próximo Conclave, talvez. Houve aquele episódio, que eu não cheguei a perceber bem se era um episódio de propósito, se foi engano, da colocação da Prefeita da Congregação, ou do Dicastério, nessas congregações. Portanto, pode ser um indício, enfim, de um futuro, de um futuro de preparação do corpo dos cardeais que não inclua exclusivamente os cardeais. Outra questão mais vasta e que também não é previsível é a de que os cardeais não sejam exclusivamente clérigos, algo que é possível do ponto de vista jurídico, mas que não tem sido praticado nos últimos séculos. Mas pode vir, eventualmente, a acontecer, ou seja, que a Prefeita de um Dicastério seja também nomeada cardeal.

De Francisco ficou célebre a expressão "todos, todos, todos", da JMJ Lisboa 2023. Contudo, há uma mensagem central - a mensagem da misericórdia - que também não pode ser descurada. O "todos, todos, todos" não é o mesmo que "tudo, tudo, tudo". Ou é?...

Sim, claramente, eu acho, e o Papa Francisco deixou isso claro logo no regresso, quando lhe colocaram essa questão. Uma questão é a defesa de princípios fundamentais, nomeadamente da dignidade humana, nomeadamente da justiça, o que significa que nem tudo é igual. A justiça não é igual à injustiça, o amor não é igual ao ódio, ou seja, há questões fundamentais e, portanto, as práticas dos sujeitos concretos que vão nesse sentido não significa que tudo vale. Outra questão é a de que, em princípio, de facto, a Igreja está aberta a todos, aliás, há umas circunstâncias muito próprias em que o cerne da própria Igreja, que é a Eucaristia, na prática está aberta a todos, ninguém faz fiscalização à entrada das igrejas para participar na missa. Este é já o princípio de que não há fiscalização de comportamentos, não há fiscalização de origens para essa pertença, isso não significa, que não haja necessidade de deixar claro que os comportamentos humanos podem ser perversos e é preciso participar na denúncia desses comportamentos perversos.

E que respostas espera para questões que permanecem em aberto, como o abuso de menores, a ordenação de mulheres ou a ordenação de homens casados?

Bom, a questão do abuso de menores eu penso que está mais do que assumida. Não quer dizer que esteja mais que resolvida, mas está mais do que assumido, é inquestionável. Já nos Papas anteriores, sobretudo já com Bento XVI, independentemente das tendências, é claro que se trata de uma questão indiscutível no interior da Igreja.

A resolver, não é?...

Exato, a resolver, e isso significa a alteração de estruturas que, tendencialmente, impossibilitam que isso aconteça. Não quer dizer que impossibilitem sempre plenamente, haverá sempre falhas, mas que tendam a impossibilitar que isso aconteça, e isso é o trabalho que se está a fazer do ponto de vista, por exemplo, da superação do clericalismo e do processo sinodal.

Outra questão, evidentemente que é uma questão séria, a questão da participação da mulher na Igreja, as configurações dessa participação. E esse é um caminho que está a ser muito intenso neste momento e que, em certa medida, está a marcar o próprio processo sinodal. Não quer dizer que o processo sinodal se reduza a isso, mas esse será certamente um campo a desenvolver. Aí, sim, se o perfil do Papa for um perfil que não tenha esse assunto muito no coração, ele poderá, de facto, parar bastante.

Também temos de admitir que com o Papa Francisco houve aberturas nesse sentido, mas também não se avançou assim propriamente muito do ponto de vista estrutural. Mas pode vir um Papa, por exemplo, que seja mais sensível a alterações estruturais nessa componente. Não digo que isso seja a questão essencial do mundo e da Igreja neste momento, mas não deixa de ser uma questão muito significativa.

Ou seja, os temas da agenda do Papa Francisco vão continuar de alguma forma a desafiar a Igreja...

Não há forma de que assim não seja porque, aliás, são temas desafiantes para o conjunto da humanidade. Se assim não for, enfim, de facto é pena que assim não seja, significa que iremos atravessar alguns anos de autorreferência da própria Igreja, tentando colocar de lado alguns temas e alguns assuntos. Esses assuntos já eram anteriores ao Papa Francisco. O Papa Francisco acolheu-os na sua agenda. Os últimos Papas não os tinham acolhido de forma tão clara, mas estes assuntos são assuntos que, quer eclesialmente quer do ponto de vista da humanidade, já prementes anteriormente.

Francisco deixa uma imagem muito positiva, quer no interior da Igreja quer na sociedade em geral. Isso pode de alguma forma ajudar no caminho a definir pelo próximo Papa?

Eu penso que sim. O denominado consenso mundano que nos orienta aponta para aí, mas a verdade das coisas tem sempre alguma ligação a um senso comum, que dentro da Igreja corresponde ao "sensus fidelium", ao sentido dos fiéis. Isso não pode nunca, nem é tradicional na Igreja, ser descurado. Aliás, uma Igreja clerical que descure o "sensus fidelium" é uma novidade, em certa medida, dentro da Igreja e é bastante recente. Tradicional, tradicional na Igreja é a atenção permanente ao "sensus fidelium" e que neste caso pode ser um "sensus fidelium", um sentido da humanidade, mesmo para além dos muros da Igreja. Portanto, este acolhimento não tem a ver com estratégias simplesmente comunicativas ou de marketing do próprio Papa. Poderia ser, mas tem a ver com o impacto que teve naquilo que é o senso comum que corresponde a uma certa sensibilidade para a verdade que a multidão, a população no conjunto acaba por ter. Isso é um indício muito significativo, aliás, na tradição teológica, esse é precisamente o grande indício do Espírito Santo.

Para terminar, teríamos de colocar esta questão: o professor João Duque tem um cardeal favorito, alguém que desejasse ter como Papa ou considera que é de facto uma eleição muito imprevisível?

Imprevisível é, certamente. Eu conheço alguns melhor que outros, é evidente. acho que alguns têm algumas qualidades, mas, depois, poderiam ter problemas noutros campos. Portanto, nesse sentido não tenho um favorito. Francamente, devo dizer mesmo, muito sinceramente, que tenho alguns não-favoritos. Há alguns que não gostaria que fossem.

Mas tem um perfil favorito?

Evidentemente, eu nunca escondi que, pessoalmente, gostaria que houvesse uma continuidade muito forte com o perfil do Papa Francisco. Que, eventualmente, tivesse outro estilo, OK, isso terá de ter, certamente. Mas gostaria que houvesse uma continuidade muito forte, que eventualmente tivesse algum impacto mais forte também nas estruturas, isso sim. Eventualmente, um cardeal mais jovem, que tivesse outra perspetiva da realidade. Isso não escondo.

Agora, as pessoas concretas, nem todas preenchem as características todas. Portanto, é deixar que a surpresa nos invada. Espero que, de facto, algumas figuras que ainda continuam no conclave não sejam escolhidas. Isso também não escondo, espero que não sejam.

Universidade Católica dever ser «laboratório de esperança» em tempo de crise

Paulo Dias Dia Académico 25- DM

Paulo Dias, pró-reitor da UCP- Braga, afirmou, ontem, em nome da equipa reitoral, que o que distingue a Católica é «o desenvolvimento integral da pessoa humana ao serviço do bem comum».

O pró-reitor da Universidade Católica Portuguesa (UCP) de Braga,Paulo Dias, defendeu, ontem, que a profunda crise e os graves problemas que atravessam a humanidade devem levar a universidade a definir-se, como afirmou o Cardeal Tolentino de Mendonça, como «um laboratório da esperança».

«Não uma esperança vã, inocente, “naïve” e de braços caídos, mas um contexto onde se experimenta, se implementa, se compromete com a mudança. Onde se experimentam linguagens fora do quadro de referência habitual de cada um. Onde se acompanha cada estudante, desde o primeiro momento que entra na universidade até ao momento em que sai. Em que se valoriza o seu desempenho académico, mas também o seu progresso individual e a sua atenção ao outro. Onde pode praticar desporto, apreciar arte, promover a criatividade e o sentido de agência ou de vontade. Onde o saber técnico, o conhecimento, não se pode dissociar do saber fazer, muito menos do saber ser. Onde o resultado maior é o desenvolvimento integral da pessoa humana ao serviço do bem comum. É isso que nos distingue», defendeu Paulo Dias, falando em nome da equipa reitoral.

Metodologias inovadoras

Segundo Paulo Dias estão, por isso, em curso diversas ações na UCP, desde a implementação de metodologias inovadoras, algumas das quais têm sido objeto de investigação e até premiadas como a aprendizagem-serviço.

O pró-reitor salientou também que tem vindo a ser aprofundada a investigação interdisciplinar, que a UCP pretende ver cada vez mais reconhecida, «sobre o que é ser pessoa e como nos tornamos pessoa, mas também, como acontece no CITER, onde se explora a complexidade do nosso tempo e o impacto das religiões e da espiritualidade, novas ofertas formativas, com planos de estudos mais centrados nas competências que possam distinguir os estudantes».

Adiantou ainda que tem havido, da parte da UCP, um reforço, mas também promoção do voluntariado e ligação à  comunidade, valorizando qualidades individuais e oportunidades de contacto com os outros.

«É preciso colocar a esperança em ação», afirmou, depois de, no início da sua intervenção, ter lamentado a existência de «uma globalização da indiferença, seja em relação à qualidade da democracia, à desinformação, aos problemas ecológicos ou à saúde mental, atropelos à equidade e justiça social, entre outros».

Na sua intervenção anterior, dando as boas- -vindas no início da cerimónia, o pró-reitor referira-se também ao Campus de Braga como «um centro de investigação marcadamente interdisciplinar, onde se centram algumas das questões essenciais do nosso tempo, num tempo de profunda transformação tecnológica, social, ecológica e cultural».

«Por muito que o tempo seja de estatísticas, de dados e números, centremos a nossa atenção sobre pessoas de carne e osso, as que fazem esta comunidade. São essas pessoas que queremos reconhecer e celebrar hoje, pelo que deram ao seu curso, à sua área, a si mesmos e aos outros», afirmou.

Lição de sapiência promove reflexão sobre “Novos Desafios Digitais”

Margarida Mano Dia Académico- DM

A vice-reitora da UCP, Margarida Mano, proferiu, ontem, a Lição de Sapiência, subordinada ao tema “Novos Desafios Digitais: algumas reflexões”, abordando o papel da Inteligência Artificial (IA) nos dias de hoje, os principais desafios digitais e a ética inerente à IA.

Recordando como a IA está hoje presente nos vários domínios do nosso quotidiano, desde a comunicação ao trabalho, passando pela saúde, pelos transportes e pela educação, a vice-reitora mencionou as vantagens da mesma, mas também os riscos globais inerentes ao domínio da tecnologia.

Elencou ainda os principais desafios digitais que enfrentamos, defendendo que a IA deve ser vista como «ajuda preciosa e incontornável no desenvolvimento académico», mas deve ser usada «como ferramenta e não como muleta».

«Queremos desenvolver máquinas que pensam para nós e não por nós», terminou.

Católica Braga presta homenagem a docentes e colaboradores e distingue os melhores alunos no Dia Académico

Cortejo Dia Académico 25- DM

No passado dia 26 de fevereiro, a Universidade Católica Portuguesa (UCP) – Braga comemorou, pelo terceiro ano, o Dia Académico da UCP.

O painel da manhã iniciou com a atuação das Líricas – Tuna Feminina da UCP – Braga, seguida de uma sessão solene aberta com o cortejo académico ao som do Coro Académico do Campus de Braga.

O Pró-Reitor da UCP - Braga, Paulo Dias, começou por dar as boas-vindas aos presentes e referiu-se ao Campus de Braga como um “centro de investigação marcadamente interdisciplinar, centrado em algumas das questões essenciais do nosso tempo, sobre o que é ser pessoa, e como se desenvolve, num tempo de profunda transformação tecnológica, social, ecológica e cultural”.

De seguida, Margarida Mano, realizou a lição de sapiência subordinada ao tema “Novos Desafios Digitais: algumas reflexões” onde abordou o papel da Inteligência Artificial nos dias de hoje, desde os seus desafios no digital à sua ética inerente. Para concluir, a Vice-Reitora da UCP afirma que “queremos desenvolver máquinas que pensam para nós e não por nós”.

Nesta sessão, foram, ainda, homenageados os docentes e colaboradores que celebram 25 e 40 anos de serviço e aposentados, além da entrega de prémios aos melhores alunos.

Na intervenção da equipa reitoral, Paulo Dias, afirmou que o que distingue a Católica é “o desenvolvimento integral da pessoa humana ao serviço do bem comum”.

A encerrar a sessão, D. José Cordeiro desafiou a UCP a “Ser Humana” num tempo onde a inteligência artificial, a internet e o digital fazem parte do nosso dia a dia. Disse ainda ser “uma alegria participarmos no dia do Campus, valorizando a própria comunidade, o encontro, a relação, cada vez mais fundamental e decisiva pela complexidade da própria vida e também no âmbito da universidade”.

O segundo painel da manhã ficou marcado pelos workshops promovidos pelos vários grupos da UCP – Braga, nomeadamente, a rádio Sintoniza*te, o Cuidar*te, o Núcleo de Estudantes de Psicologia, o Mentoriza*te, o Voluntaria*te, o Serviço Comunitário, a Comissão de Estudantes de Serviço Social - Ser Social e o Centro Académico de Braga e, ainda, com o apoio do Projeto UCP4SUCCESS.

Na parte da tarde, e para encerrar as comemorações com chave de ouro, decorreu a conferência de Onésimo Teotónio de Almeida, da Universidade de Brown (EUA), sobre o seu mais recente livro “Diálogos Lusitanos”.

Isabel Varanda aprovada nas Provas de Agregação da Católica

Professora prestou, ao longo de dois dias, provas públicas tendo em vista a Agregação em Teologia Sistemática, sendo aprovada a sua agregação na Universidade Católica.

Após dois dias intensos em que prestou provas perante um júri composto por sumidades da matéria, a Doutora Maria Isabel Pereira Varanda, que é professora associada na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (UCP), viu aprovada a sua Agregação em Teologia Sistemática na UCP - Braga.

No primeiro dia de provas, 27 de maio, na Aula Magna Pe. António Freire SJ da UCP - Braga, a candidata viu, em primeiro lugar, a apreciação do currículo científico, pelos Doutores José Augusto Martins Ramos, Professor Catedrático Emérito da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e João Manuel Correia Rodrigues Duque, Professor Catedrático da Faculdade de Teologia da UCP, tendo estado em análise do relatório relativo ao programa, conteúdo e métodos de ensino teórico e prático da disciplina de ‘Será que a metáfora “casa comum” aplicada ao planeta terra é adequada e útil para uma renovada teologia cristã da criação, no século XXI?’,  a cargo do Doutor Geraldo Luiz de Mori, Professor Titular da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Belo Horizonte - Brasil.

No segundo dia, 28 de maior, decorreu a lição de síntese que foi apresentada pela candidata Maria Isabel Pereira Varanda, sendo a apreciação crítica realizada pela Doutora Maria do Céu Patrão Neves, Professora Catedrática da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade dos Açores.

No final deste seu trajeto, perante um auditório bem composto, com muitos membros da sua família, mas também amigos, colegas de trabalho e alunos, Maria Isabel Pereira Varanda viu o júri dar-lhe os parabéns, desejar-lhe felicidades e declarada como aprovada nas suas Provas Públicas de Agregação em Teologia Sistemática, para gáudio de todos os presentes, tendo irrompido uma estrondosa salva de palmas e de felicitações para com a nova Professora Agregada da Faculdade de Teologia da UCP.

Categorias: Faculdade de Teologia

Sex, 14/06/2024

Universidade Católica celebra o Dia Nacional da Faculdade de Teologia

Dia-Nacional-Faculdade-Teologia-2024

O Dia Nacional da Faculdade de Teologia reuniu alunos, docentes, colaboradores e investigadores de Braga, Lisboa e Porto.

O evento, que decorreu a 13 de dezembro no Campus do Porto da Universidade Católica Portuguesa, contou com uma conferência proferida por Alberto Castro, docente da Católica Porto Business School, sobre Os desafios da economia à reflexão teológica, no Auditório Carvalho Guerra e, também, com a entrega de diplomas aos licenciados em Teologia e em Ciências Religiosas e aos mestres em Teologia.

Na sessão marcaram presença Isabel Vasconcelos, Vice-Reitora da UCP, Isabel Braga da Cruz, Pró-Reitora da UCP, Ana Jorge, diretora da Faculdade de Teologia, Abel Canavarro, vice-diretor da Faculdade de Teologia, e D. Manuel Linda, bispo do Porto. 

A tarde foi preenchida com uma visita à Fundação de Serralves e com a celebração da Eucaristia, na igreja paroquial de São João da Foz do Douro, presidida pelo bispo do Porto, D. Manuel Linda.

Categorias: Faculdade de Teologia

Qua, 18/12/2024

Docentes da Católica Braga participa em Seminário Internacional no Brasil

Nos dias 5 e 6 de junho decorreu, no Brasil, o III Seminário Internacional de Prevenção à Violência contra a Pessoa Idosa – Alusão ao Junho Violeta.

A sessão de abertura foi realizada pelo docente da Faculdade de Teologia, Eduardo Duque, que apresentou a conferência subordinada ao tema "A Importância da Intergeracionalidade na Construção de uma Sociedade mais Justa e Inclusiva".

A docente da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais, Filomena Ponte, participou como conferencista no painel sobre “Saúde Mental da Pessoa Idosa: Da Inteligência Emocional à Inteligência Artificial” , e refletiu sobre a temática da “Funcionalidade dos Idosos Neurodivergentes: Emoções, Vulnerabilidade e Resiliência".

III Seminário Internacional de Prevenção à Violência contra a Pessoa Idosa

Católica de Braga desafiada a ser “Humana” em tempo de inteligência artificial

Dom José Dia Académico 25- DM

D. José Cordeiro reforçou a importância de manter a academia e o saber intactos na sua humanidade


O Arcebispo de Braga desafiou, ontem, a Universidade Católica Portuguesa (UCP) a «Ser Humana» num tempo de Inteligência Artificial (AI), de internet e de digital. Segundo D. José Cordeiro, antes de mais, «é este o desafio numa universidade e numa Universidade Católica», que promove, em simultâneo, o conhecimento, o “saber fazer” e o “saber Ser”.

D. José Cordeiro falava durante a cerimónia do Dia Académico da UCP- -Braga, que decorreu na Aula Magna da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (FFCS), tendo como grande propósito unir a Comunidade Académica num dia de celebração.

«Neste tempo em que nos toca viver o tempo da internet, do digital, da inteligência artificial, este dia e tantos outros atos são importantes porque nos ajudam a dar sentido, o sentido da vida e a universidade na humanidade integral, na verdade, o mais aproximada possível, nos saberes e nas ciências», afirmou o Arcebispo Metropolita de Braga, reforçando a importância de manter a Academia e o saber intactos na sua humanidade.

«É uma alegria participarmos no dia do Campus, valorizando a própria comunidade, o encontro, a relação, cada vez mais fundamental e decisiva pela complexidade da própria vida e também no âmbito da universidade», afirmou.

Num ano em que a UCP celebrou o Dia Nacional assumindo como mote, “O saber como esperança”, D. José Cordeiro recordou uma nota conjunta do Dicastério para a Doutrina da Fé e do Dicastério para a Cultura e a Educação, recentemente publicada, designada “Antiqua et Nova” que aborda a relação da inteligência artificial e da inteligência humana.

Cortejo Dia Académico 25- DM

O patrono do Campus de Braga da UCP terminou, lembrando as conclusões finais da nota, afirmando que «na perspetiva da sabedoria, os crentes estarão em condições de agir como agentes responsáveis, capazes de usar esta tecnologia para promover uma visão autêntica da pessoa humana e da sociedade, a partir de uma compreensão do progresso tecnológico como parte do desígnio de Deus para a criação, uma atividade que a humanidade é chamada a ordenar, até ao Mistério Pascal de Jesus Cristo, na constante busca da verdade e do bem».

Homenagem aos colaboradores e prémios para os melhores alunos

O Dia Académico da UCP-Braga ficou marcado pela homenagem aos docentes e colaboradores que celebraram 25 e 40 anos de serviço e aposentados, bem como a entrega de prémios aos melhores alunos.

Professor homenagem Dia Académico 25- DM

A sessão abriu com a atuação das Líricas – Tuna Feminina da UCP – Braga, e integrou o cortejo académico ao som do Coro Académico do CRB. A manhã ficou ainda marcada por oficinas promovidas pelos vários grupos da UCP – Braga, nomeadamente, a rádio Sintoniza*te, o Cuidar*te, o Núcleo de Estudantes de Psicologia, o Mentoriza*te, o Voluntaria*te, o Serviço Comunitário e o Centro Académico de Braga, com o apoio do Projeto UCP4SUCCESS.

Aluno Premiado Dia Académico- DM

Da parte da tarde, e para encerrar as comemorações, decorreu a conferência de Onésimo Teotónio de Almeida, da Universidade de Brown (EUA), no Auditório Isidro Alves, sobre o seu mais recente livro “Diálogos Lusitanos”.

Arcebispo destacou a importância de valorizar «a comunidade, o encontro», no Dia Académico da Universidade Católica Portuguesa

Dom José Dia Académico 25- DM

O arcebispo de Braga destacou o incentivou da universidade “ser humana” neste tempo da Inteligência Artificial (IA), internet e do digital, esta quarta-feira, 26 de fevereiro, na sessão solene do Dia Académico da Universidade Católica Portuguesa (UCP) – Braga.

“Neste tempo em que nos toca viver o tempo da internet, do digital, da inteligência artificial, este dia e tantos outros atos são importantes porque nos ajudam a dar sentido. O sentido da vida e a universidade na humanidade integral, na verdade, o mais aproximada possível, nos saberes e nas ciências”, disse D. José Cordeiro, no encerramento da sessão, na aula magna da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (FFCS), da UCP-Braga, citado pelo jornal diocesano ‘Diário do Minho’.

O arcebispo de Braga incentivou a Universidade Católica Portuguesa a “ser humana” num tempo de IA, de internet e de digital, porque “é este o desafio numa universidade e numa Universidade Católica”, que promove, em simultâneo, o conhecimento, o “saber fazer” e o “saber Ser”.

A Universidade Católica Portuguesa no polo regional de Braga realizou o seu Dia Académico com o propósito de “unir a Comunidade Académica num dia de celebração”, premiar os melhores alunos e homenagear os colaboradores que celebraram 25 e 40 anos de serviço e aposentados.

“É uma alegria participarmos no dia do Campus, valorizando a própria comunidade, o encontro, a relação, cada vez mais fundamental e decisiva pela complexidade da própria vida e também no âmbito da universidade”, salientou D. José Cordeiro.

Campus Camões- Ecclesia

D. José Cordeiro destacou a nota ‘Antiqua et nova’ (antiga e nova), sobre a relação entre a IA e inteligência humana, da Santa Sé, documento conjunto do Dicastério para a Doutrina da Fé e do Dicastério para a Cultura e a Educação, e referiu que “na perspetiva da sabedoria, os crentes estarão em condições de agir como agentes responsáveis”.

“Capazes de usar esta tecnologia para promover uma visão autêntica da pessoa humana e da sociedade, a partir de uma compreensão do progresso tecnológico como parte do desígnio de Deus para a criação, uma atividade que a humanidade é chamada a ordenar, até ao Mistério Pascal de Jesus Cristo, na constante busca da verdade e do bem”, desenvolveu o arcebispo bracarense, patrono do Campus de Braga da UCP, informa o jornal ‘Diário do Minho’.

O programa do Dia Académico da UCP – Braga 2025, contou ainda, após a cerimónia solene, com um conjunto de oficinas para os estudantes, promovidas pelos vários grupos deste pólo da Universidade Católica Portuguesa – como a rádio, o Núcleo de Estudantes de Psicologia, o Serviço Comunitário, a Comissão de Estudantes de Serviço Social – Ser Social e o Centro Académico, e o apoio do Projeto UCP4SUCCESS – e com a conferência de Onésimo Teotónio de Almeida, da Universidade de Brown (EUA), sobre o seu mais recente livro ‘Diálogos Lusitanos’, no Auditório Isidro Alves.

A Universidade Católica Portuguesa comemorou o seu Dia Nacional 2025, que se assinala anualmente no primeiro domingo do mês de fevereiro, com o mote ‘O saber como esperança’.

Soon

Revista Cenáculo organiza XXXVI Edição das Jornadas Teológicas

Nos dias 31 de março e 1 de abril irá decorrer a XXXVI edição das Jornadas Teológicas, organizada pela Revista Cenáculo, no Espaço Vita, em Braga, com o objetivo de oferecer à comunidade académica e o público em geral uma reflexão sobre os desafios e as potencialidades do digital na linguagem teológica.

A Revista Cenáculo é uma publicação dos alunos da Faculdade de Teologia – Campus de Braga, com 79 anos de existência, um espaço de reflexão teológica e intelectual que, este ano, escolheu como mote deste evento a temática da “Ressurreição 2.0: As promessas do digital no desgaste da linguagem teológica”.

No primeiro dia será explorado “O sentido poético da Ressurreição: um caminho possível no desgaste hodierno da linguagem teológica?” por João Duque, José Rui Teixeira e Teresa Bartolomei, através da análise à evolução da linguagem teológica face aos desafios contemporâneos.

No segundo dia, Gemma Serrano apresentará "O digital, uma tecnologia espiritual? Considerações sobre a morte e a ressurreição", com vista a aprofundar a relação entre as novas tecnologias e os conceitos teológicos fundamentais.

Este evento contará, ainda, com a intervenção do diretor da Revista Cenáculo, Pedro Martins, e uma diversidade de momentos lúdicos.

 

A entrada é livre.

XXXVI Jornadas Teológicas

Categorias: Faculdade de Teologia

Qui, 13/03/2025

"Gostaria que houvesse uma continuidade muito forte com o perfil do Papa Francisco"

João Manuel Duque, professor catedrático da Faculdade de Teologia da Universidade Católica, é o convidado da entrevista Renascença/Ecclesia deste domingo. Antecipando o Conclave que começa na quarta-feira, diz não ter favoritos, mas não esconde preferência por um perfil de continuidade. E assume que há cardeais que não gostaria de ver escolhidos para suceder a Francisco.

 

João Manuel Duque, professor catedrático da Faculdade de Teologia da Universidade Católica, defende a eleição de um Papa na linha de continuidade de Francisco.

"Gostaria que houvesse uma continuidade muito forte com o perfil do Papa Francisco", diz o docente em entrevista à Renascença e à Agência Ecclesia.

Antecipando o Conclave, com início marcado para 7 de maio, João Manuel Duque admite a eleição de “alguém com impacto nas estruturas da Igreja, a eleição de um cardeal mais jovem”, mas alguém que se identifique com o Papa Francisco. Duque não avança com nenhum favorito, mas revela que “há alguns que não gostaria que fossem” eleitos.

Duque sugere a eleição de alguém com um forte carisma, porque "caso contrário o papel de liderança da Igreja Católica poderia desaparecer". No atual contexto internacional, marcado por guerras e tensões políticas, João Duque admite que o Conclave acabe por eleger alguém "mais ligado à diplomacia".

O professor da Católica está convencido de que o processo sinodal “é irreversível”, até porque não acredita que “a figura única do Papa possa neste momento interromper esse processo”.

"O Papa Francisco, como bom estratega encarregou-se de deixar estruturas suficientes e até indicações suficientes para que o processo siga por si, mesmo que o Papa possa não ser extraordinariamente simpatizante dele."

João Manuel Duque considera que a “questão do abuso de menores está mais do que assumida” e admite que ainda há caminho por fazer “ao nível da participação da mulher na Igreja”.

“Esse é um caminho que está a ser muito intenso neste momento e que, em certa medida, está a marcar o próprio processo sinodal”, embora ele "não se reduza a isso”.

“Será, certamente, um campo a desenvolver” porque "se o perfil do Papa for um perfil que não tenha esse assunto muito no coração, ele poderá, de facto, parar bastante”.

Em vésperas do início do Conclave que vai eleger um novo Papa, João Manuel Duque afirma, por outro lado, que os temas da agenda do Papa Francisco vão continuar a desafiar a Igreja, pois “são temas desafiantes para o conjunto da humanidade”.

A partir do dia 7 de maio, 53 cardeais europeus, 37 americanos, 16 são da América do Norte, 4 da América Central e 17 da América do Sul, mais 23 asiáticos, 18 africanos e 4 da Oceania, reúnem-se em conclave. Podemos dizer, professor João Duque, que estamos perante o mais imprevisível conclave da história, como já alguns prognosticaram?

Num certo sentido sim, tendo em conta, de facto, a variedade da proveniência dos cardeais. Acho que sim. Não sei se, do ponto de vista dos eventuais elegíveis, será assim tão imprevisível.

E prevê um Conclave mais longo por causa desse desconhecimento entre os cardeais?

Fracamente, não sei. Acho que há sempre surpresas, como é evidente, mas, dentro das previsões dos que possam ser elegíveis, eles são suficientemente conhecidos e são suficientemente conhecidos por todos. Portanto, não sei, nem sequer sei se a variedade de perspetivas neste Conclave é superior à variedade de perspetivas em Conclaves anteriores. Desconfio que até talvez não seja.

Teremos, por certo, mais países representados...

Isso sim.

E acredita que é importante a geografia de proveniência do próximo Papa? Poderemos ter o primeiro da Ásia ou o primeiro da África?

Poderia ser significativo. Eu penso que a abertura que se deu com o Papa Francisco, de não ser um Papa europeu, sobretudo um Papa do sistema, num certo sentido, que já antes tinha acontecido na rutura de um Papa italiano ou na transição de um Papa italiano, mais do sistema, com João Paulo II, é algo significativo. Não sei se neste momento é questão essencial. Francamente, parece-me que no rumo que a Igreja tomou nos últimos tempos e no papel do Papado, no papel da figura do Papa internacionalmente considerado, mesmo para além do âmbito da Igreja, não sei se essa questão é neste momento muito significativa. Pessoalmente, penso que não.

É importante garantir a relevância da Igreja Católica na atualidade. Desse ponto de vista, que perfil é necessário para os tempos de hoje?

Terá de ser um perfil, antes de mais, suficientemente carismático e isso, certamente, reduzirá bastante os candidatos porque, quer queiramos quer não, os últimos três Papas desempenharam uma função importante do ponto de vista social, do ponto de vista global, até do ponto de vista político internacional, muito para além da questão direta do governo da Igreja. Isso é indiscutível e, nesse sentido, diríamos que prevê-se e espera-se que seja um Papa com essa capacidade. Caso contrário, de facto, há um certo papel de liderança da Igreja Católica - do ponto de vista espiritual, do ponto de vista de orientação do conjunto da humanidade, independentemente da pertença à Igreja ou não pertença à Igreja, que é uma tarefa que tem sido bastante colada à figura do Papa - que poderia desaparecer.

A maioria dos cardeais foi já escolhida por Francisco. É possível prever-se uma decisão de continuidade?

Tendencialmente, acho que sim. Não quer dizer que se analisarmos caso a caso, tenham todos, em todos os aspetos, proximidade ao Papa Francisco. Acho que ele teve capacidade também de escolher alguma variedade. Agora, é certo que um certo perfil que tradicionalmente se considera como ultraconservador, de facto, não existiu nas escolhas de Francisco. O peso de uma perspetiva nesse sentido [ultraconservador] é diminuto no Conclave atual, penso que sim.

Até que ponto o contexto internacional - guerras, tensões políticas - pode condicionar o conclave? Por exemplo, numa entrevista recente à Renascença, um dos biógrafos de Francisco, Austin Ivereight, disse que na escolha do próximo Papa muitos cardeais vão estar preocupados com o colapso da ordem mundial...

Isso pode ser significativo e até atrever-me-ia a dizer que a presença do hemisfério norte pode voltar a ter mais relevância, uma vez que, de facto, a crise forte que estamos a atravessar do ponto de vista político está a afetar, sobretudo, um certo paradigma a que nos habituamos, no hemisfério norte, a ter como seguro. Nesse sentido, não sei se alguém mais ligado à diplomacia do contexto europeu, europeu-norte-americano, europeu mais estendido até a Ásia, mas a Ásia aqui mais do norte, eventualmente não venha a ter um papel importante nesta dinâmica, tanto quanto possa ter, do ponto de vista diplomático e orientador espiritual. Talvez, talvez neste momento isso seja mais significativo do que o problema do sul, diríamos, do hemisfério sul e das características do hemisfério sul.

Ao longo dos últimos dias, falou-se muito do legado de Francisco e dos desafios que se colocam à Igreja Católica. O Papa Francisco insistiu na defesa de uma Igreja para todos, mas deixou temas em aberto, vários temas em aberto, desde logo, o processo sinodal é ainda um caminho a percorrer. Receia que possa, eventualmente, ser interrompido, ou é um processo irreversível?

Eu, francamente, acredito, estou convencido de que é um processo irreversível. Posso ser demasiado otimista quanto a isso, otimista no sentido em que me identifico, evidentemente, com esse caminho. Também não acredito que a figura única de um Papa possa interromper esse processo. Pode introduzir um certo ritmo que afrouxe o processo sinodal, mas o processo sinodal está introduzido já em estruturas suficientes. Aliás, o Papa Francisco, como bom estratega, encarregou-se de deixar estruturas suficientes e até indicações suficientes para que o processo siga por si, mesmo que o Papa possa não ser extraordinariamente simpatizante dele. Nesse sentido, acredito que, aliás, é o que deverá acontecer relativamente ao futuro: há um perfil diferente de igreja, independentemente das tendências do Papa que aí estiveram. Os efeitos do Conselho Vaticano II são efeitos que resistiram à variedade dos Papas que vieram posteriormente.

O conclave é um método clerical contrário à metodologia sinodal?

Relativamente. A eleição do Papa não é por herança, muito menos por herança familiar, portanto, não é uma monarquia hereditária de modo nenhum. Nesse sentido, é uma escolha democrática.

As escolhas democráticas precisam sempre de mecanismos de representação, é impossível ter toda a população envolvida diretamente. E há mecanismos de representação, a representação através do corpo cardinalício, que integra representantes da Igreja Católica de todo o mundo. Nesse sentido, em rigor, é um processo sinodal que já vinha anteriormente, diferente, por exemplo, da escolha dos bispos, que aí, sim, temos de admitir, o processo sinodal é bastante reduzido.

Mas, por exemplo, nas congregações gerais que decorrem até ao Conclave não poderia ser expectável que o processo sinodal motivasse a presença de outros elementos que não só os cardeais?

Isso é um processo que, certamente poderá vir a ter efeitos no próximo Conclave, talvez. Houve aquele episódio, que eu não cheguei a perceber bem se era um episódio de propósito, se foi engano, da colocação da Prefeita da Congregação, ou do Dicastério, nessas congregações. Portanto, pode ser um indício, enfim, de um futuro, de um futuro de preparação do corpo dos cardeais que não inclua exclusivamente os cardeais. Outra questão mais vasta e que também não é previsível é a de que os cardeais não sejam exclusivamente clérigos, algo que é possível do ponto de vista jurídico, mas que não tem sido praticado nos últimos séculos. Mas pode vir, eventualmente, a acontecer, ou seja, que a Prefeita de um Dicastério seja também nomeada cardeal.

De Francisco ficou célebre a expressão "todos, todos, todos", da JMJ Lisboa 2023. Contudo, há uma mensagem central - a mensagem da misericórdia - que também não pode ser descurada. O "todos, todos, todos" não é o mesmo que "tudo, tudo, tudo". Ou é?...

Sim, claramente, eu acho, e o Papa Francisco deixou isso claro logo no regresso, quando lhe colocaram essa questão. Uma questão é a defesa de princípios fundamentais, nomeadamente da dignidade humana, nomeadamente da justiça, o que significa que nem tudo é igual. A justiça não é igual à injustiça, o amor não é igual ao ódio, ou seja, há questões fundamentais e, portanto, as práticas dos sujeitos concretos que vão nesse sentido não significa que tudo vale. Outra questão é a de que, em princípio, de facto, a Igreja está aberta a todos, aliás, há umas circunstâncias muito próprias em que o cerne da própria Igreja, que é a Eucaristia, na prática está aberta a todos, ninguém faz fiscalização à entrada das igrejas para participar na missa. Este é já o princípio de que não há fiscalização de comportamentos, não há fiscalização de origens para essa pertença, isso não significa, que não haja necessidade de deixar claro que os comportamentos humanos podem ser perversos e é preciso participar na denúncia desses comportamentos perversos.

E que respostas espera para questões que permanecem em aberto, como o abuso de menores, a ordenação de mulheres ou a ordenação de homens casados?

Bom, a questão do abuso de menores eu penso que está mais do que assumida. Não quer dizer que esteja mais que resolvida, mas está mais do que assumido, é inquestionável. Já nos Papas anteriores, sobretudo já com Bento XVI, independentemente das tendências, é claro que se trata de uma questão indiscutível no interior da Igreja.

A resolver, não é?...

Exato, a resolver, e isso significa a alteração de estruturas que, tendencialmente, impossibilitam que isso aconteça. Não quer dizer que impossibilitem sempre plenamente, haverá sempre falhas, mas que tendam a impossibilitar que isso aconteça, e isso é o trabalho que se está a fazer do ponto de vista, por exemplo, da superação do clericalismo e do processo sinodal.

Outra questão, evidentemente que é uma questão séria, a questão da participação da mulher na Igreja, as configurações dessa participação. E esse é um caminho que está a ser muito intenso neste momento e que, em certa medida, está a marcar o próprio processo sinodal. Não quer dizer que o processo sinodal se reduza a isso, mas esse será certamente um campo a desenvolver. Aí, sim, se o perfil do Papa for um perfil que não tenha esse assunto muito no coração, ele poderá, de facto, parar bastante.

Também temos de admitir que com o Papa Francisco houve aberturas nesse sentido, mas também não se avançou assim propriamente muito do ponto de vista estrutural. Mas pode vir um Papa, por exemplo, que seja mais sensível a alterações estruturais nessa componente. Não digo que isso seja a questão essencial do mundo e da Igreja neste momento, mas não deixa de ser uma questão muito significativa.

Ou seja, os temas da agenda do Papa Francisco vão continuar de alguma forma a desafiar a Igreja...

Não há forma de que assim não seja porque, aliás, são temas desafiantes para o conjunto da humanidade. Se assim não for, enfim, de facto é pena que assim não seja, significa que iremos atravessar alguns anos de autorreferência da própria Igreja, tentando colocar de lado alguns temas e alguns assuntos. Esses assuntos já eram anteriores ao Papa Francisco. O Papa Francisco acolheu-os na sua agenda. Os últimos Papas não os tinham acolhido de forma tão clara, mas estes assuntos são assuntos que, quer eclesialmente quer do ponto de vista da humanidade, já prementes anteriormente.

Francisco deixa uma imagem muito positiva, quer no interior da Igreja quer na sociedade em geral. Isso pode de alguma forma ajudar no caminho a definir pelo próximo Papa?

Eu penso que sim. O denominado consenso mundano que nos orienta aponta para aí, mas a verdade das coisas tem sempre alguma ligação a um senso comum, que dentro da Igreja corresponde ao "sensus fidelium", ao sentido dos fiéis. Isso não pode nunca, nem é tradicional na Igreja, ser descurado. Aliás, uma Igreja clerical que descure o "sensus fidelium" é uma novidade, em certa medida, dentro da Igreja e é bastante recente. Tradicional, tradicional na Igreja é a atenção permanente ao "sensus fidelium" e que neste caso pode ser um "sensus fidelium", um sentido da humanidade, mesmo para além dos muros da Igreja. Portanto, este acolhimento não tem a ver com estratégias simplesmente comunicativas ou de marketing do próprio Papa. Poderia ser, mas tem a ver com o impacto que teve naquilo que é o senso comum que corresponde a uma certa sensibilidade para a verdade que a multidão, a população no conjunto acaba por ter. Isso é um indício muito significativo, aliás, na tradição teológica, esse é precisamente o grande indício do Espírito Santo.

Para terminar, teríamos de colocar esta questão: o professor João Duque tem um cardeal favorito, alguém que desejasse ter como Papa ou considera que é de facto uma eleição muito imprevisível?

Imprevisível é, certamente. Eu conheço alguns melhor que outros, é evidente. acho que alguns têm algumas qualidades, mas, depois, poderiam ter problemas noutros campos. Portanto, nesse sentido não tenho um favorito. Francamente, devo dizer mesmo, muito sinceramente, que tenho alguns não-favoritos. Há alguns que não gostaria que fossem.

Mas tem um perfil favorito?

Evidentemente, eu nunca escondi que, pessoalmente, gostaria que houvesse uma continuidade muito forte com o perfil do Papa Francisco. Que, eventualmente, tivesse outro estilo, OK, isso terá de ter, certamente. Mas gostaria que houvesse uma continuidade muito forte, que eventualmente tivesse algum impacto mais forte também nas estruturas, isso sim. Eventualmente, um cardeal mais jovem, que tivesse outra perspetiva da realidade. Isso não escondo.

Agora, as pessoas concretas, nem todas preenchem as características todas. Portanto, é deixar que a surpresa nos invada. Espero que, de facto, algumas figuras que ainda continuam no conclave não sejam escolhidas. Isso também não escondo, espero que não sejam.

Universidade Católica dever ser «laboratório de esperança» em tempo de crise

Paulo Dias Dia Académico 25- DM

Paulo Dias, pró-reitor da UCP- Braga, afirmou, ontem, em nome da equipa reitoral, que o que distingue a Católica é «o desenvolvimento integral da pessoa humana ao serviço do bem comum».

O pró-reitor da Universidade Católica Portuguesa (UCP) de Braga,Paulo Dias, defendeu, ontem, que a profunda crise e os graves problemas que atravessam a humanidade devem levar a universidade a definir-se, como afirmou o Cardeal Tolentino de Mendonça, como «um laboratório da esperança».

«Não uma esperança vã, inocente, “naïve” e de braços caídos, mas um contexto onde se experimenta, se implementa, se compromete com a mudança. Onde se experimentam linguagens fora do quadro de referência habitual de cada um. Onde se acompanha cada estudante, desde o primeiro momento que entra na universidade até ao momento em que sai. Em que se valoriza o seu desempenho académico, mas também o seu progresso individual e a sua atenção ao outro. Onde pode praticar desporto, apreciar arte, promover a criatividade e o sentido de agência ou de vontade. Onde o saber técnico, o conhecimento, não se pode dissociar do saber fazer, muito menos do saber ser. Onde o resultado maior é o desenvolvimento integral da pessoa humana ao serviço do bem comum. É isso que nos distingue», defendeu Paulo Dias, falando em nome da equipa reitoral.

Metodologias inovadoras

Segundo Paulo Dias estão, por isso, em curso diversas ações na UCP, desde a implementação de metodologias inovadoras, algumas das quais têm sido objeto de investigação e até premiadas como a aprendizagem-serviço.

O pró-reitor salientou também que tem vindo a ser aprofundada a investigação interdisciplinar, que a UCP pretende ver cada vez mais reconhecida, «sobre o que é ser pessoa e como nos tornamos pessoa, mas também, como acontece no CITER, onde se explora a complexidade do nosso tempo e o impacto das religiões e da espiritualidade, novas ofertas formativas, com planos de estudos mais centrados nas competências que possam distinguir os estudantes».

Adiantou ainda que tem havido, da parte da UCP, um reforço, mas também promoção do voluntariado e ligação à  comunidade, valorizando qualidades individuais e oportunidades de contacto com os outros.

«É preciso colocar a esperança em ação», afirmou, depois de, no início da sua intervenção, ter lamentado a existência de «uma globalização da indiferença, seja em relação à qualidade da democracia, à desinformação, aos problemas ecológicos ou à saúde mental, atropelos à equidade e justiça social, entre outros».

Na sua intervenção anterior, dando as boas- -vindas no início da cerimónia, o pró-reitor referira-se também ao Campus de Braga como «um centro de investigação marcadamente interdisciplinar, onde se centram algumas das questões essenciais do nosso tempo, num tempo de profunda transformação tecnológica, social, ecológica e cultural».

«Por muito que o tempo seja de estatísticas, de dados e números, centremos a nossa atenção sobre pessoas de carne e osso, as que fazem esta comunidade. São essas pessoas que queremos reconhecer e celebrar hoje, pelo que deram ao seu curso, à sua área, a si mesmos e aos outros», afirmou.

Lição de sapiência promove reflexão sobre “Novos Desafios Digitais”

Margarida Mano Dia Académico- DM

A vice-reitora da UCP, Margarida Mano, proferiu, ontem, a Lição de Sapiência, subordinada ao tema “Novos Desafios Digitais: algumas reflexões”, abordando o papel da Inteligência Artificial (IA) nos dias de hoje, os principais desafios digitais e a ética inerente à IA.

Recordando como a IA está hoje presente nos vários domínios do nosso quotidiano, desde a comunicação ao trabalho, passando pela saúde, pelos transportes e pela educação, a vice-reitora mencionou as vantagens da mesma, mas também os riscos globais inerentes ao domínio da tecnologia.

Elencou ainda os principais desafios digitais que enfrentamos, defendendo que a IA deve ser vista como «ajuda preciosa e incontornável no desenvolvimento académico», mas deve ser usada «como ferramenta e não como muleta».

«Queremos desenvolver máquinas que pensam para nós e não por nós», terminou.

Católica Braga presta homenagem a docentes e colaboradores e distingue os melhores alunos no Dia Académico

Cortejo Dia Académico 25- DM

No passado dia 26 de fevereiro, a Universidade Católica Portuguesa (UCP) – Braga comemorou, pelo terceiro ano, o Dia Académico da UCP.

O painel da manhã iniciou com a atuação das Líricas – Tuna Feminina da UCP – Braga, seguida de uma sessão solene aberta com o cortejo académico ao som do Coro Académico do Campus de Braga.

O Pró-Reitor da UCP - Braga, Paulo Dias, começou por dar as boas-vindas aos presentes e referiu-se ao Campus de Braga como um “centro de investigação marcadamente interdisciplinar, centrado em algumas das questões essenciais do nosso tempo, sobre o que é ser pessoa, e como se desenvolve, num tempo de profunda transformação tecnológica, social, ecológica e cultural”.

De seguida, Margarida Mano, realizou a lição de sapiência subordinada ao tema “Novos Desafios Digitais: algumas reflexões” onde abordou o papel da Inteligência Artificial nos dias de hoje, desde os seus desafios no digital à sua ética inerente. Para concluir, a Vice-Reitora da UCP afirma que “queremos desenvolver máquinas que pensam para nós e não por nós”.

Nesta sessão, foram, ainda, homenageados os docentes e colaboradores que celebram 25 e 40 anos de serviço e aposentados, além da entrega de prémios aos melhores alunos.

Na intervenção da equipa reitoral, Paulo Dias, afirmou que o que distingue a Católica é “o desenvolvimento integral da pessoa humana ao serviço do bem comum”.

A encerrar a sessão, D. José Cordeiro desafiou a UCP a “Ser Humana” num tempo onde a inteligência artificial, a internet e o digital fazem parte do nosso dia a dia. Disse ainda ser “uma alegria participarmos no dia do Campus, valorizando a própria comunidade, o encontro, a relação, cada vez mais fundamental e decisiva pela complexidade da própria vida e também no âmbito da universidade”.

O segundo painel da manhã ficou marcado pelos workshops promovidos pelos vários grupos da UCP – Braga, nomeadamente, a rádio Sintoniza*te, o Cuidar*te, o Núcleo de Estudantes de Psicologia, o Mentoriza*te, o Voluntaria*te, o Serviço Comunitário, a Comissão de Estudantes de Serviço Social - Ser Social e o Centro Académico de Braga e, ainda, com o apoio do Projeto UCP4SUCCESS.

Na parte da tarde, e para encerrar as comemorações com chave de ouro, decorreu a conferência de Onésimo Teotónio de Almeida, da Universidade de Brown (EUA), sobre o seu mais recente livro “Diálogos Lusitanos”.

Isabel Varanda aprovada nas Provas de Agregação da Católica

Professora prestou, ao longo de dois dias, provas públicas tendo em vista a Agregação em Teologia Sistemática, sendo aprovada a sua agregação na Universidade Católica.

Após dois dias intensos em que prestou provas perante um júri composto por sumidades da matéria, a Doutora Maria Isabel Pereira Varanda, que é professora associada na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (UCP), viu aprovada a sua Agregação em Teologia Sistemática na UCP - Braga.

No primeiro dia de provas, 27 de maio, na Aula Magna Pe. António Freire SJ da UCP - Braga, a candidata viu, em primeiro lugar, a apreciação do currículo científico, pelos Doutores José Augusto Martins Ramos, Professor Catedrático Emérito da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e João Manuel Correia Rodrigues Duque, Professor Catedrático da Faculdade de Teologia da UCP, tendo estado em análise do relatório relativo ao programa, conteúdo e métodos de ensino teórico e prático da disciplina de ‘Será que a metáfora “casa comum” aplicada ao planeta terra é adequada e útil para uma renovada teologia cristã da criação, no século XXI?’,  a cargo do Doutor Geraldo Luiz de Mori, Professor Titular da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Belo Horizonte - Brasil.

No segundo dia, 28 de maior, decorreu a lição de síntese que foi apresentada pela candidata Maria Isabel Pereira Varanda, sendo a apreciação crítica realizada pela Doutora Maria do Céu Patrão Neves, Professora Catedrática da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade dos Açores.

No final deste seu trajeto, perante um auditório bem composto, com muitos membros da sua família, mas também amigos, colegas de trabalho e alunos, Maria Isabel Pereira Varanda viu o júri dar-lhe os parabéns, desejar-lhe felicidades e declarada como aprovada nas suas Provas Públicas de Agregação em Teologia Sistemática, para gáudio de todos os presentes, tendo irrompido uma estrondosa salva de palmas e de felicitações para com a nova Professora Agregada da Faculdade de Teologia da UCP.

Categorias: Faculdade de Teologia

Sex, 14/06/2024

Universidade Católica celebra o Dia Nacional da Faculdade de Teologia

Dia-Nacional-Faculdade-Teologia-2024

O Dia Nacional da Faculdade de Teologia reuniu alunos, docentes, colaboradores e investigadores de Braga, Lisboa e Porto.

O evento, que decorreu a 13 de dezembro no Campus do Porto da Universidade Católica Portuguesa, contou com uma conferência proferida por Alberto Castro, docente da Católica Porto Business School, sobre Os desafios da economia à reflexão teológica, no Auditório Carvalho Guerra e, também, com a entrega de diplomas aos licenciados em Teologia e em Ciências Religiosas e aos mestres em Teologia.

Na sessão marcaram presença Isabel Vasconcelos, Vice-Reitora da UCP, Isabel Braga da Cruz, Pró-Reitora da UCP, Ana Jorge, diretora da Faculdade de Teologia, Abel Canavarro, vice-diretor da Faculdade de Teologia, e D. Manuel Linda, bispo do Porto. 

A tarde foi preenchida com uma visita à Fundação de Serralves e com a celebração da Eucaristia, na igreja paroquial de São João da Foz do Douro, presidida pelo bispo do Porto, D. Manuel Linda.

Categorias: Faculdade de Teologia

Qua, 18/12/2024

Docentes da Católica Braga participa em Seminário Internacional no Brasil

Nos dias 5 e 6 de junho decorreu, no Brasil, o III Seminário Internacional de Prevenção à Violência contra a Pessoa Idosa – Alusão ao Junho Violeta.

A sessão de abertura foi realizada pelo docente da Faculdade de Teologia, Eduardo Duque, que apresentou a conferência subordinada ao tema "A Importância da Intergeracionalidade na Construção de uma Sociedade mais Justa e Inclusiva".

A docente da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais, Filomena Ponte, participou como conferencista no painel sobre “Saúde Mental da Pessoa Idosa: Da Inteligência Emocional à Inteligência Artificial” , e refletiu sobre a temática da “Funcionalidade dos Idosos Neurodivergentes: Emoções, Vulnerabilidade e Resiliência".

III Seminário Internacional de Prevenção à Violência contra a Pessoa Idosa

Católica de Braga desafiada a ser “Humana” em tempo de inteligência artificial

Dom José Dia Académico 25- DM

D. José Cordeiro reforçou a importância de manter a academia e o saber intactos na sua humanidade


O Arcebispo de Braga desafiou, ontem, a Universidade Católica Portuguesa (UCP) a «Ser Humana» num tempo de Inteligência Artificial (AI), de internet e de digital. Segundo D. José Cordeiro, antes de mais, «é este o desafio numa universidade e numa Universidade Católica», que promove, em simultâneo, o conhecimento, o “saber fazer” e o “saber Ser”.

D. José Cordeiro falava durante a cerimónia do Dia Académico da UCP- -Braga, que decorreu na Aula Magna da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (FFCS), tendo como grande propósito unir a Comunidade Académica num dia de celebração.

«Neste tempo em que nos toca viver o tempo da internet, do digital, da inteligência artificial, este dia e tantos outros atos são importantes porque nos ajudam a dar sentido, o sentido da vida e a universidade na humanidade integral, na verdade, o mais aproximada possível, nos saberes e nas ciências», afirmou o Arcebispo Metropolita de Braga, reforçando a importância de manter a Academia e o saber intactos na sua humanidade.

«É uma alegria participarmos no dia do Campus, valorizando a própria comunidade, o encontro, a relação, cada vez mais fundamental e decisiva pela complexidade da própria vida e também no âmbito da universidade», afirmou.

Num ano em que a UCP celebrou o Dia Nacional assumindo como mote, “O saber como esperança”, D. José Cordeiro recordou uma nota conjunta do Dicastério para a Doutrina da Fé e do Dicastério para a Cultura e a Educação, recentemente publicada, designada “Antiqua et Nova” que aborda a relação da inteligência artificial e da inteligência humana.

Cortejo Dia Académico 25- DM

O patrono do Campus de Braga da UCP terminou, lembrando as conclusões finais da nota, afirmando que «na perspetiva da sabedoria, os crentes estarão em condições de agir como agentes responsáveis, capazes de usar esta tecnologia para promover uma visão autêntica da pessoa humana e da sociedade, a partir de uma compreensão do progresso tecnológico como parte do desígnio de Deus para a criação, uma atividade que a humanidade é chamada a ordenar, até ao Mistério Pascal de Jesus Cristo, na constante busca da verdade e do bem».

Homenagem aos colaboradores e prémios para os melhores alunos

O Dia Académico da UCP-Braga ficou marcado pela homenagem aos docentes e colaboradores que celebraram 25 e 40 anos de serviço e aposentados, bem como a entrega de prémios aos melhores alunos.

Professor homenagem Dia Académico 25- DM

A sessão abriu com a atuação das Líricas – Tuna Feminina da UCP – Braga, e integrou o cortejo académico ao som do Coro Académico do CRB. A manhã ficou ainda marcada por oficinas promovidas pelos vários grupos da UCP – Braga, nomeadamente, a rádio Sintoniza*te, o Cuidar*te, o Núcleo de Estudantes de Psicologia, o Mentoriza*te, o Voluntaria*te, o Serviço Comunitário e o Centro Académico de Braga, com o apoio do Projeto UCP4SUCCESS.

Aluno Premiado Dia Académico- DM

Da parte da tarde, e para encerrar as comemorações, decorreu a conferência de Onésimo Teotónio de Almeida, da Universidade de Brown (EUA), no Auditório Isidro Alves, sobre o seu mais recente livro “Diálogos Lusitanos”.

Arcebispo destacou a importância de valorizar «a comunidade, o encontro», no Dia Académico da Universidade Católica Portuguesa

Dom José Dia Académico 25- DM

O arcebispo de Braga destacou o incentivou da universidade “ser humana” neste tempo da Inteligência Artificial (IA), internet e do digital, esta quarta-feira, 26 de fevereiro, na sessão solene do Dia Académico da Universidade Católica Portuguesa (UCP) – Braga.

“Neste tempo em que nos toca viver o tempo da internet, do digital, da inteligência artificial, este dia e tantos outros atos são importantes porque nos ajudam a dar sentido. O sentido da vida e a universidade na humanidade integral, na verdade, o mais aproximada possível, nos saberes e nas ciências”, disse D. José Cordeiro, no encerramento da sessão, na aula magna da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (FFCS), da UCP-Braga, citado pelo jornal diocesano ‘Diário do Minho’.

O arcebispo de Braga incentivou a Universidade Católica Portuguesa a “ser humana” num tempo de IA, de internet e de digital, porque “é este o desafio numa universidade e numa Universidade Católica”, que promove, em simultâneo, o conhecimento, o “saber fazer” e o “saber Ser”.

A Universidade Católica Portuguesa no polo regional de Braga realizou o seu Dia Académico com o propósito de “unir a Comunidade Académica num dia de celebração”, premiar os melhores alunos e homenagear os colaboradores que celebraram 25 e 40 anos de serviço e aposentados.

“É uma alegria participarmos no dia do Campus, valorizando a própria comunidade, o encontro, a relação, cada vez mais fundamental e decisiva pela complexidade da própria vida e também no âmbito da universidade”, salientou D. José Cordeiro.

Campus Camões- Ecclesia

D. José Cordeiro destacou a nota ‘Antiqua et nova’ (antiga e nova), sobre a relação entre a IA e inteligência humana, da Santa Sé, documento conjunto do Dicastério para a Doutrina da Fé e do Dicastério para a Cultura e a Educação, e referiu que “na perspetiva da sabedoria, os crentes estarão em condições de agir como agentes responsáveis”.

“Capazes de usar esta tecnologia para promover uma visão autêntica da pessoa humana e da sociedade, a partir de uma compreensão do progresso tecnológico como parte do desígnio de Deus para a criação, uma atividade que a humanidade é chamada a ordenar, até ao Mistério Pascal de Jesus Cristo, na constante busca da verdade e do bem”, desenvolveu o arcebispo bracarense, patrono do Campus de Braga da UCP, informa o jornal ‘Diário do Minho’.

O programa do Dia Académico da UCP – Braga 2025, contou ainda, após a cerimónia solene, com um conjunto de oficinas para os estudantes, promovidas pelos vários grupos deste pólo da Universidade Católica Portuguesa – como a rádio, o Núcleo de Estudantes de Psicologia, o Serviço Comunitário, a Comissão de Estudantes de Serviço Social – Ser Social e o Centro Académico, e o apoio do Projeto UCP4SUCCESS – e com a conferência de Onésimo Teotónio de Almeida, da Universidade de Brown (EUA), sobre o seu mais recente livro ‘Diálogos Lusitanos’, no Auditório Isidro Alves.

A Universidade Católica Portuguesa comemorou o seu Dia Nacional 2025, que se assinala anualmente no primeiro domingo do mês de fevereiro, com o mote ‘O saber como esperança’.